Independentemente do setor de atuação, a LGPD no varejo deve cumprir com as obrigações e normas legais estabelecidas pelo Governo para assegurar o pleno funcionamento do seu negócio.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é um exemplo de regulamento importante a ser adotado. Foi criada para transformar o cenário das empresas, inclusive as varejistas, com o objetivo de garantir a proteção das informações pessoais dos usuários.
Tendo em vista a importância desse regulamento, abordaremos, neste artigo, mais informações sobre a LGPD no varejo, destacando os seus impactos e como as empresas podem preparar seu negócio. Boa leitura!
O que é a LGPD?
A Lei Geral de Proteção de Dados dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, físicos ou digitais, com a finalidade de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade dos usuários. Além disso, estabelece normas a empresas públicas e privadas, para coleta, armazenamento, análise e utilização dos dados dos consumidores de seus serviços ou produtos.
De maneira simples e direta, a legislação garante a segurança dos dados pessoais dos cidadãos e facilita o controle sobre eles. De acordo com a norma, os dados pessoais permitem a identificação de uma pessoa por meio de nome, número de documentos, data de nascimento, endereço residencial, e-mail, telefones, fotos, entre outros itens.
Em razão disso, as empresas precisam ser transparentes quanto à solicitação de informações pessoais dos usuários, coletando somente as que forem realmente necessárias e esclarecendo ao cliente a finalidade.
Por que sua implementação foi adiada para 2021?
Diante de tantas dificuldades enfrentadas pelos empresários brasileiros, sobretudo em virtude do cenário de pandemia do Covid-19, muitas empresas adiaram a adoção das medidas consoantes à Lei de Dados por causa do tempo e dos recursos para adaptação. Assim, a norma, que tinha previsão para entrar em vigor em agosto deste ano, foi adiada para maio de 2021.
Desse modo, é fundamental que as empresas comecem ou continuem se preparando para ela, já que o adiamento da vigência possibilita uma oportunidade de planejamento e adaptação adequada às exigências da LGPD.
De certa forma, estar em conformidade com a lei será um diferencial competitivo para as empresas varejistas por propiciar maior credibilidade pela utilização responsável dos dados pessoais e pelo respeito à privacidade dos clientes.
Quais são os impactos da LGPD no varejo?
De modo geral, ela afeta todas as organizações que realizam algum tipo de coleta e utilização de informações dos consumidores do mercado. No caso do varejo, os dados exercem função essencial nas estratégias de marketing do negócio. Por isso, é necessário que o segmento também se adéque à norma.
Além disso, o uso das informações pessoais dos consumidores no varejo é essencial. Nesse caso, o ideal é lidar da forma mais transparente possível para que o cliente conheça os seus direitos e confie no processo.
Em relação às ações de marketing, é por meio delas que as empresas passam a conhecer o seu público-alvo para construir uma abordagem que atraia e fidelize os clientes. Os impactos são consideráveis, exigindo atenção das empresas com relação à forma de coletar, processar e armazenar os dados.
Com o objetivo de simplificar e otimizar o processo de compra, as empresas varejistas costumam armazenar dados dos consumidores, como número do cartão, CPF, endereço e demais documentos. Nesse caso, a necessidade de alteração ou exclusão de dados é outro impacto da LGPS no varejo, já que muitas empresas precisarão ajustar suas estratégias para respeitar os direitos do usuário.
Como se preparar adequadamente para a LGPD?
É importante ressaltar que, mesmo sem estar em vigor, desde 2018 (sancionamento) a adaptação e a adequação em conformidade com a lei vêm ocorrendo. É o período ideal para organizar as atividades da empresa e evitar possíveis multas e sanções das agências reguladoras.
Pensando nisso, separamos algumas dicas para você se preparar adequadamente para a LGPD. Confira, a seguir!
Defina um responsável
Antes de mais nada, é preciso nomear um dirigente pelas obrigações da LGPD. Sua principal função será acompanhar, controlar e treinar os colaboradores diante das atribuições e das regras determinadas pela lei, bem como reportar qualquer incompatibilidade existente e procurar meios de eliminá-la. Além disso, ele responderá de forma direta à gestão da empresa, com a autonomia necessária para garantir que tudo aconteça devidamente.
Compreenda as obrigações legais
Para que a empresa faça a adequação correta de seus processos, é fundamental conhecer a fundo as obrigações legais e elaborar diretrizes baseadas na segurança e na privacidade dos dados. Conhecer a lei evita que você enfrente cenários negativos, como a má reputação da empresa e prejuízos financeiros com possíveis multas e sanções.
Faça o mapeamento e reorganize o banco de dados
Realize o mapeamento de todos os dados disponíveis em sua empresa. Identifique onde eles estão armazenados, quem tem acesso a eles e se existe alguma instabilidade em seu processo.
Em seguida, defina quais informações devem ser mantidas e reorganize o banco de dados. Isso ajudará a equipe durante as operações, aumentando a produtividade e a definição das estratégias. Não se esqueça de que o mapeamento de dados precisa atender às normas impostas pela lei.
Faça alterações nos canais e campanhas de marketing
De modo geral, com a LGPD, diversas estratégias de marketing deverão ser adequadas. Os sites que fazem uso de cookies, por exemplo, precisam conceder a possibilidade de instalação ou não, além de destacar quais informações serão coletadas e solicitar o consentimento do usuário. Outra estratégia é a utilização de listas de e-mail, já que as empresas não poderão enviar mensagens automáticas sem a permissão do cliente.
Conheça os direitos dos consumidores
A LGPD foi desenvolvida, basicamente, para proteger os consumidores e seus dados. A lei estabelece oito direitos básicos: negação, solicitação de acesso, esquecimento, portabilidade, correção de informações, restrição de processamento, objeção do processo e notificação. Nesse caso, estar em conformidade com a lei, sem dúvida, fará com que os clientes confiem no seu trabalho.
Crie uma cultura organizacional
Para que o processo de implementação da lei seja eficaz, é necessário que todos os colaboradores se responsabilizem em cumprir as exigências previstas, garantindo que as informações estejam totalmente seguras. A cultura organizacional deve ser um valor empregado dentro da organização e vivenciada por todos diariamente.
Adote medidas de segurança
Esse é o procedimento mais importante para se adequar à lei. As organizações devem desenvolver uma política de segurança da informação interna e implementar ferramentas com o intuito de prevenir, detectar e solucionar qualquer infração ou violação de dados pessoais. Limitar acessos de colaboradores, realizar backups constantemente e utilizar sistemas de gestão mais seguros são alguns exemplos de medidas.
Nesse caso, o uso de um software pode ajudar na preparação e adequação da empresa ao processo. Com ele, é possível evitar punições e garantir que seu negócio seja confiável e seguro para os consumidores. O FoccoLOJAS, por exemplo, oferece sistemas de gestão que ajudam lojistas de móveis a vender mais e melhor.
É importante ressaltar que o descumprimento e a não adaptação à LGPD acarreta diversas consequências. Algumas multas podem chegar a 2% do faturamento total da empresa, limitadas a R$ 50 milhões. Em casos mais graves as atividades são suspensas, total ou parcialmente. Portanto, não deixe de adaptar o seu negócio à LGPD no varejo e garantir vantagens para a sua empresa.
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